Tag: nó górdio

Ainda não marcaram data para o fim do mundo, apesar das especulações.
Infelizmente ou felizmente, não sei.
Para nós, homens e mulheres, é diferente, a vida tem limite, ao menos neste plano. Em razão disso não é legal perder muito tempo.
Busquei então, um culpado para a nossa “perda de tempo” e encontrei o “nó”, como primeiro mentor deste crime. Falo dos nós, aqueles “nós” que amarram nossas vidas e que não nos deixam seguir. Os conscientes e inconscientes. Os que amarram o corpo e a alma, tolhendo nossas asas. Que não nos permitem prosseguir a caminhada com a mesma dignidade, alegria e sonhos. Alguns são tão eficientes que ceifam, ferem, cortam a nossa  essência da vida, a esperança. Tão fortes e implacáveis, que doem onde apertam !
Descobri, hoje, perdoem-me a ignorância, a expressão “nós górdios”. Estranho?! Reza a lenda que o rei da Frígia morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois.
A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado. Para não esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este impossível de desatar e que por isso ficou famoso.
“Nós górdios”, os impossíveis de serem desatados. Demorou 500 anos para que Alexandre (aqui, nosso herói), “O Grande”, cortasse aquele nó. Fato é que, poucos anos depois, Alexandre tornou-se  Senhor de toda a ásia Menor.
Dai em diante a expressão “cortar os nós górdios”, passou a ser usada  quando se quer resolver um problema de forma simples e eficaz. Talvez tudo não passe de uma lenda, mas o fato real é que não temos 500 anos para cortar nossos nós, embora acreditemos que, assim como o mundo parece infinito, também dispomos de tempo para analisarmos os nós que nos atam. Então, pensei:  será tão difícil desfazer esse nó? E conclui, somos nós que damos aos “nós górdios” da vida uma complexidade que não têm. Bastou um olhar simples e objetivo de Alexandre, O Grande, para cortá-lo, desmoronando todo o mito de sua fortaleza. O nó era apenas um mito.
Pense nisso. Olhar com mais simplicidade e clareza para uma situação a faz mais próxima de ser solucionada, até porquê não queremos adiar o tempo em que seremos Senhores de nossa própria vida. Não importa se o nó górdio que deram na sua vida foi o da mágoa, da depressão, do desamor, do desprezo, da frustração, do abandono ou qualquer coisa assim. Não importa se  aquele que se amarrou às suas pilastras pretendia não ser esquecido jamais e ali, permanecer. Se formos “Grandes”, como Alexandre, de olhar certeiro e eficaz, não haverá nó nesta vida que nos possa roubar 500 anos, até porque, neste caso, ficaríamos devendo!